sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Momentos do Passado

Ainda se lembram da minha fic "Momentos do Passado" que tou a fazer com a autora deste blog?
Para quem já não se lembrar da história, aqui fica todos os episódios que já postamos, e o novo!

"Sakura, uma secretária de fazer inveja a muitas no aspecto físico, encontra-se, certo dia, numa situação perigosa com um vagabundo que tenta abusar dela quando é "salva" por um rapaz misterioso... desde o dia que o viu nunca mais o tira da cabeça... que irá acontecer? Voltará a vê-lo? O quê?? Ela despediu-se?? E agora? Para onde é que irá viver? Isso é o que iremos descobrir ..."

"- Chega! - pensou para si mesma - Nunca mais! Nunca, nunca mais! Nunca mais vou deixar ele fazer o que quer de mim, nunca mais!"
Sim, já tinha decidido isso à algum tempo mas agora ele fora longe de mais! Ameaça-la que mataria o seu querido pai era demais!!! Isso … ela nunca mais seria uma peça no jogo dele.
"- Se ele pensa que sim, está muito enganado!!.. – voltou a pensar. – Mas, depois para onde é que eu vou???!! Oh, boa … e agora???"
Enquanto pensava, Sakura não se tinha apercebido por onde andava. Estava na parte mais perigosa de Tomoeda. Era ali que viviam os piores criminosos que não eram apanhados pela polícia.
Com o seu incrível corpo e aqueles olhos cor de esmeralda, nem que quisesse, Sakura jamais passaria despercebida por aquelas bandas … E sem tirar nem pôr, foi o que aconteceu …
"- Olá! Hoje temos festa!!" – pensou Kykuo – Eih, tas perdida ou precisas de ajuda? – disse, dirigindo-se a Sakura que logo começou a tremer de medo.
- Não, não preciso de nada! – afirmou Sakura com toda a pouca confiança que tinha naquele momento.
- Tens a certeza?! Não me pareceu bem assim … – Kykuo começou a chegar-se para perto de Sakura que tremia cada vez mais.
- Deixa-me! Larga-me!! Larga-me!!! – gritou Sakura quando este a agarrou e tentou fazer algo mais atrevido.
- Nem penses boneca! Esta noite és minha!
- Larga-me já te disse! Larga-me!!! – Sakura estava desesperada; já não bastava no trabalho e agora isto.
Mas ele não pretendia obedecer-lhe; pelo contrário, até começou a levantar-lhe a saia, enquanto ela se esperneava o mais que podia para se poder soltar daquele ser nojento.
Bem tentou até que aproveitando um momento de fraqueza dele, lá se conseguiu libertar e começar a correr o mais que podia enquanto agarrava a blusa, já meia aberta.
Ela correu bastante, até se cansar. Virou numa esquina e olhou para trás a ver se o via: nada. Pensou já estar a salvo: enganou-se!
Enquanto abotoava os poucos botões que ainda lhe restavam da sua camisa rasgada por aquele homem, sentiu de repente uma mão na sua boca e outra no seu peito.
- Schiu … Pensavas que conseguias fugir de mim era?! Bem, vamos lá continuar aquilo que começámos … – disse o portador da mesma voz de à pouco enquanto recomeçava a despi-la.
Sakura já pensava que o pior iria acontecer, quando ouviu uma pancada seca atrás de si e o corpo do homem a cair estrondosamente no chão.
Sem se atrever a olhar para trás, com medo de ser outro vagabundo para a violar, Sakura começou a soluçar quando foi imediatamente envolvida por um caloroso abraço. Espantada por aquele gesto vindo de não sei quem não reagiu de imediato. Aos poucos começou a chorar mais e mais, e a entregar-se também à aquele abraço que, não sabia bem como, lhe trazia tanta segurança e conforto. Pouco a pouco ela notou que quem a abraçava era um homem, o que a deixou logo sobressaltada.
Apercebendo-se disso, este abraçou-a com toda a força e carinho possível, tentando como que dizer para ela não ter medo e confiar nele.
Mesmo receosa, ela deixou-se estar naquele abraço durante o tempo suficiente para se acalmar e deixar de chorar. Sentia-se já minimamente calma quando tomou coragem, engoliu o orgulho e disse:


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- Obrigada – silêncio. – Não sei o que teria acontecido se … – Sakura começou a ameaçar voltar a chorar.
- Schiu!... Não digas mais nada sem ser que já estás bem. - Sakura sentiu-se corar com toda aquela preocupação. Enxugou as lágrimas com as costas da mão e tentou o mais rápido possível recompor-se.
- E então …? – perguntou o misterioso rapaz.
Os olhos verdes da garota pousaram na figura do seu “salvador”.
- Estou melhor … obrigada … – disse Sakura, de entre alguns relutantes soluços. A verdade é que ainda tremia, mas não podia dar parte de fraca. Afastou-se um pouco e deparou-se com um olhar tão avassalador que podia jurar que lhe estavam a ler a mente naquele preciso momento.
Era jovem, provavelmente da sua idade, e bastante alto.
Instalou-se um silêncio incomodativo.
- Posso saber o teu nome? – o rapaz foi o primeiro a quebrar o silêncio.
- Oh claro!… Que mal educada … O meu nome é Sakura, Sakura Kinomoto! – e estendeu-lhe a mão.
- Muito prazer Sra. Kinomoto. – o jovem aceitou o cumprimento.
Sakura estranhou ele não lhe dizer o seu nome, mas manteve-se calada.
- O-onde está … o Kykuo…?
- Referes-te aquele desgraçado de à bocado? – a jovem afirmou que sim com a cabeça.
- Está ali. – respondeu-lhe vagamente, apontando para alguns metros dali, para um sujeito no chão inconsciente, com um filete de sangue a escorrer-lhe da boca.
- Co-como é que tu … – perguntou ela embasbacada. Kykuo ainda tinha alguma força, ela que o diga, deitá-lo a baixo não devia ser fácil.
- Apanhei-o desprevenido … e tenho os meus métodos. – gabou-se o rapaz.
Sakura riu.
Uma suave brisa passou pelos dois mas foi o suficiente para Sakura se arrepiar. Só depois é que reparou que estava plantada numa rua deserta em frente de um tipo desconhecido com um sorriso giro, praticamente em roupa interior. Imediatamente sentiu as bochechas a arder como fogo e tapou-se como pode, mas sem muito sucesso. O rapaz reparou e corou levemente também, apesar de ter achado piada à situação.
- Eu acho melhor ir para casa. Mais uma vez muito obrigada … Se tu não tivesses aparecido nem sei …
- Não fales mais nisso. Já passou. Tem mas é mais cuidado, ok?
- Ok.
- Queres que te leve a algum lado?
- Não! Eu vou bem sozinha, não moro muito longe daqui!
- E vais assim … – olhou para a roupa de Sakura. - … nesse estado?
- Oh … pois … – mas antes de sequer ter tempo para acabar de falar viu o rapaz tirar o casaco e a pô-lo em cima dos seus ombros. Ficou meia sem reacção no início, pensou em protestar e em recusar, mas os olhos dele diziam que ele não ia mudar de ideias. Acrescentou por fim – Obrigada.
- Cuida-te – disse ele, voltando as costas.
- Mas como é que eu to devolvo?
- Deixa estar, talvez um dia nos voltaremos a encontrar! – respondeu já se afastado.
- Como é que disseste que te chamavas? – gritou Sakura.
- Não disse! – respondeu. – Foi um prazer Sra. Kinomoto!
A jovem ainda pensou em segui-lo, para lhe agradecer mais uma vez, ou talvez para poder voltar a olhar para aqueles olhos castanhos – âmbar que tanto a tinham marcado, mas ficou apenas no mesmo lugar que ele a tinha deixado, a acenar para o horizonte.
Vindo de ao pé dela, começou a ouvir uns sons meios esquisitos. Kykuo estava a acordar. A rapariga sobressaltou-se quase instantaneamente, e o seu primeiro instinto foi fugir, mas aproximou-se dele e disse-lhe:
- Esta é para aprenderes a nunca mais me tocares. – dito isto curvou-se, e deu-lhe uma estalada, com toda a força que tinha, para depois ouvi-lo a queixar-se de dores. Emergiu dentro de si uma vontade de ficar a pontapeá-lo o dia todo, mas tinha mais que fazer.
Gloriosa e, agora, super bem-disposta, seguiu o seu caminho até casa, felizmente sem mais episódios do género.

Finalmente encontrou-se à porta do seu prédio, que ficava, não por acaso, num dos bairros mais chiques de Tomoeda, alugado generosamente pelo seu patrão. Quando fora trabalhar para lá, acerca de um ano e meio aproximadamente, habitava com o seu irmão e com o seu pai na casa onde viveu durante toda a sua vida. No entanto, a convivência diária com Touya estava cada vez mais difícil. A Sakura, no auge dos seus 20 anos, pretendentes é que não faltavam, o que não era muito bem visto aos olhos ciumentos e protectores (e potencialmente assassinos se alguém se aproximasse demais dela) de Touya.
Certo dia, o patrão de Sakura ouviu-a a queixar-se a uma colega de trabalho e, imediatamente se ofereceu para alugar um apartamento à jovem. Esta desde logo recusou, porque nem sequer tinha dinheiro suficiente para pagar um aluguer. O, aparentemente, generoso homem não aceitou um não e sem mais nem menos deu o apartamento a Sakura que, ingénua o suficiente para acreditar que um patrão oferecia uma casa a uma recém contratada sem outras intenções, aceitou. Aquilo que não esperava é que a dita casa fosse um andar num prédio quase de luxo …

Entrou sorrateiramente no prédio, tentando fugir ao olhar do coscuvilheiro do porteiro. Mas, infelizmente, lá estava ele, com o seu típico sorriso amarelo e o seu olhar observador e inquisidor. Sakura apenas sorriu, sem ao menos se dar ao trabalho de dizer “boa tarde”. Desde do momento em que Sakura pôs os seus saltos altos no prédio, que o velho atarracado percebeu que esta usava uma peça de roupa que não lhe pertencia. “Deve ter finalmente arranjado namorado … o irmão não vai gostar nada de saber …” pensou.

- Que dia … – suspirou Sakura, enquanto esperava pelo elevador. Depois do “Tlim” que anunciava a sua chegada, saltou lá para dentro e encostou-se à parede exausta. Tinham sido demasiadas coisas para um só dia. Involuntariamente, aconchegou-se dentro do casaco, que lhe estava excessivamente grande, mas que ainda guardava o perfume do misterioso rapaz. Confortada com aquela sensação de paz, nem deu pela abertura da porta do elevador … e em frente dela estava a última pessoa que pensava que lhe apareceria à frente, pelo menos naquele momento …


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- MANINHO??!!! - gritou, pelo susto que apanhara, ao ver ali, à sua frente, o seu "querido" irmão, Touya - Posso saber o que estás a fazer aqui??!! Não deverias estar em Inglaterra? Naquilo da conferência dos médicos ou o que era?????!!!! – reclamou, ao mesmo tempo que ganhava tempo para apertar o casaco que o misterioso rapaz lhe tinha “emprestado”.
- Sim … e daí?! A conferência acabou mais cedo do que esperava e como não estava a fazer lá nada, decidi voltar … Porquê? Há algum problema em ter voltado mais cedo?? Por acaso não estás a esconder-me nada, pois não??? – perguntou Touya, com aquele ar super-inquisidor.
- Hã? Nada! O que é que eu havia de esconder de ti, meu querido maninho?!
- Pois, dá graxa … Bem mas o motivo pelo qual eu estou aqui agora é … CALMA!! QUE CASACO É ESSE SAKURA KINOMOTO?????
- Hã … É de … de … de uma amiga! … - Sakura sorriu amorosamente na esperança que ele não desconfiasse. Mas o irmão nunca caiu nas suas mentiras, e não havia de ser aquela a primeira vez.
- Uma amiga?? As tuas amigas têm gostos estranhos, então! – disse Touya. Sakura suspirou de alívio, porém o rapaz ainda não tinha terminado de falar – Eu conheço todas as tuas amigas e nenhuma delas anda com roupas de homem! E além disso … devias aprender a mentir melhor monstrenga!
- Queres-te calar com isso do monstrenga? Já não tenho 10 anos por amor de Deus! – disse uma Sakura exaltada.
- Não desvies a conversa! Quero respostas agora!
Sakura tirou a chave de casa debaixo do tapete da entrada, como sempre fazia, e dirigiu-se à porta de sua casa.
- Quê, não me digas que ainda tens esse velho hábito de pores as chaves debaixo do tapete, só para nunca as perderes? reclamou Touya.
E eu que te pedi para guardares as minhas … nem quero imaginar onde é que elas estarão agora …” – pensou ainda Touya.
- Se não tens mais nada que fazer a não ser espicaçar-me a vida, agradecia-te que te fosses embora.
- Não posso. – respondeu Touya simplesmente.
- Não podes??
- Não posso.
- E não podes porquê?? – perguntou Sakura escandalizada.
- Porque antes de me ir embora deixei as chaves da nossa casa contigo … lembraste?
Ah pois foi … oh não … e agora … onde é que eu as pus?” pensou Sakura.
- Imagino que estejas a pensar onde é que as puseste, certo?
C-como … será que ele lê pensamentos ou assim?” pensou novamente.
- Não te preocupes, eu não leio pensamentos, apenas te conheço demasiado bem.
- M-mas … eu sei onde é que as guardei!! – defendeu-se Sakura, entrando no amplo apartamento.
- Claro … longe de mim desconfiar da seriedade de uma monstrenga. – respondeu o moreno, cínico.
- Eu não sou….
- … monstrenga. Sim, já ouvi essa.
- Rrrrrrrrr…
- Hey! Não tenho a culpa que me tenhas perdido as chaves! – disse Touya lançando-se no sofá da sala e ligando a TV. Sakura massajou as têmporas, para não gritar.
- Olha … fica aí enquanto eu vou à procura, sim? – disse a jovem já no corredor que dava para os quartos.
- Ahhá! Então admites que as perdeste!! – gritou Touya.
- Oh, cala-te!!!
- Ok … Mas olha lá, onde é que meteste o rafeiro??
- Rafeiro? Estás a referir-te ao Kero?
- Sim, aquela bola de pêlo branca com meio metro de orelhas a que tu chamas Kero.
- Primeiro, ele é um coelho, não um rafeiro. E segundo está com a Tomoyo por hoje, foi à clínica fazer uns exames de rotina.
- Exames de rotina? A um coelho?
- Sim, tens problemas?
- É um animal!!
- Também tu e eu não me queixo!! - respondeu Sakura ofendida. O irmão ainda respondeu, mas apenas se ouviu uns resmungos quase inaudíveis.

Sakura revirou todas as gavetas do seu quarto: nada! “Onde é que eu pus as malditas chaves? Têm de estar aqui!
Virou-se para o roupeiro e abriu-o, na esperança de as ter deixado esquecidas numa peça de roupa qualquer. Aí lembrou-se novamente do casaco que tinha vestido. Despiu-o e pousou-o num cabide vazio, dirigindo-lhe um olhar cheio de ternura. Mal tinha acabado de vestir uma camisola nova, uma vez que da outra já nada se aproveitaria, quando a voz do seu querido irmão ouviu-se no corredor.
- Então? – Touya chegou à porta do quarto e inspeccionou-o.
- Estou à procura, estou à procura!! – Sakura reparou no olhar estranho de Touya para o seu quarto. - Algum problema??
Touya entrou no quarto, pontapeando alguns ursos e afins que rolaram pelo chão. Sakura partiu à defesa das suas preciosidades:
- Hey! Qual é a piada de ficar para aí a dar chutos nas minhas coisas?
- O teu quarto parece saído da cabeça de uma miudinha de 10 anos. E para quem dizia que já não tinha 10 anos…
- Não preciso da tua opinião para nada!! – despejou o amontoado de bichinhos de pelúcia para cima da enorme cama cor de rosa. Touya sentou-se ao lado dos bonecos mas não lhes tocou com medo das ameaças de morte que o olhar da sua irmã sugeria caso ele fizesse isso.
- Então … como correu a tal conferência? – perguntou Sakura casualmente, voltando ao roupeiro.
- O normal … muita gente, muitos dias, muita conversa…
- E onde ficaste quando estiveste em Inglaterra?
- Fiquei em casa de um colega de trabalho, um médico inglês, o Hiraguisawa, já te devo ter falado ele.
- Hiraguisawa? Sim, acho que já ouvi falar…
- Esse agora vai abrir não-sei-o-quê aqui no Japão. Pelo o que ouvi decidiu fazer parceria com uma família chinesa rica, e vão expandir a empresa até aqui.
- Ah … então e tu?
- Eu?
- Sim tu! Como vão as coisas com a Nakuru?
- O normal…
- O normal? Estás a ficar velho maninho, não sei se já te apercebeste! E o casamentinho, a real união, o santo matrimónio hein??
- Ainda é muito cedo para pensar nisso…
- Cedo? Eu a esta altura já devia ter 15 sobrinhos … no mínimo!!
- Que exagero!!!! Eu não q…
- ACHEI!!!!
Dentro do bolso de uma saia, lá estava ela!
- Encontraste as minhas chaves?
- Sim! Parece que vais ter que ir embora não é maninho? – disse Sakura dramaticamente. – Já tens as tuas amadas chaves, volta para a tua amada casinha se faz favor! – Touya parecia não ter intenções de lhe obedecer – XÔ, já disse!!!
- Aff …
Sakura enxotou-o pelo corredor fora, como se fosse um animal sarnento. Á porta, Touya parou e virou-se para a jovem, apontando ameaçadoramente o dedo para o nariz desta.
- Tu! Não pensas que escapas assim com tanta facilidade da conversinha sobre esse casaco!!! Eu vou descobrir, ouviste!! Eu vou d…
Tarde demais, Sakura fechou a porta bem na cara dele.


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- O que é que estás para aí a dizer? - perguntou um sujeito dos seus quarenta e poucos anos mas com um físico de fazer inveja a muitos de vinte, ao mesmo tempo que batia com um punho bem fechado em cima da secretária à sua frente.
- O que ouviste! Estou a pedir a minha demissão!! Já não aguento trabalhar mais aqui! Também o que é que esperavas depois do que me disseste ontem?! - replicou uma Sakura com uma voz mais confiante do que o habitual.
- O quê? Aquilo sobre o teu pai?! Por amor de Deus, deixa-te de criancices! Se continuares com esta história absurda de quereres ir-te embora, aí sim é que a ameaça é a sério! - protestou o homem. Estava sentado numa cadeira de costas altas e largas, do lado de dentro de uma enorme secretária onde batera momentos antes, que ocupava um lugar ao pé da gigantesca parede completamente revestida com janelas igualmente grandes. De costas para a maravilhosa vista que se tinha daquele décimo sexto andar onde se encontrava, estava exactamente de frente para Sakura.
- Tu nem te atrevas a tocar com um dedo no meu pai ou quem quer que seja! - ameaçou esta pondo-se de pé com um dedo na meio da sua linda cara. – Ouviste?! Nem te atrevas!!
- Tu sabes uma maneira de me fazer mudar de ideias, não sabes …?! – disse o patrão com um olhar cheio de luxúria para o decote de Sakura , donde tinha agora uma visão totalmente privilegiada para os dotes peitorais desta, uma vez que ela própria estava meia debruçada sobre ele devido ao gesto de à pouco.
Mal ela se apercebeu para onde ele estava a olhar, mudou imediatamente a sua postura.
- Não sejas nojento, Patrick! – defendeu-se com ar de desagrado, ao mesmo tempo que voltava à posição inicial, sentada.
- Nos outros dias, quer dizer nas outras noites – frisou. – não achavas nada disso …
- Enganas-te, sempre achei e ontem tive a prova disso, ao ameaçares-me que fazias mal ao meu pai, por causa de eu não te ter deixado tocar-me!
- Hum … – começou Patrick com um olhar ainda mais cheio de luxúria que anteriormente – … podes não ter deixado ontem … – levantou-se vagarosamente e caminhou para perto de Sakura, que instantaneamente se moveu no sentido de se proteger, mas sem sucesso, uma vez que o homem a agarrara no pulso e a puxara para si, prendendo-a com os seus fortes braços, enquanto terminava a frase. - … mas hoje sim!!
Dito isto, beijou-a violentamente, começando a movimentar uma mãe pelo corpo desta.
Sem perceber bem porquê, imagens do dia anterior, no momento em que foi salva pelo misterioso rapaz, surgiram na sua cabeça. Recordou todo o episódio; como ele a salvara, como a abraçara tão afectuosamente, e como aquele simples acto a acalmara tão rapidamente. Relembrou o seu rosto, o seu sorriso, e o seu censo de paternalismo, ao emprestar-lhe o seu casaco mesmo sabendo que talvez nunca mais o veria na vida …
Não! Ela não queria pensar assim. Ela queria que eles se voltassem a ver, para assim lhe devolver o casaco e agradecer mais uma vez o que ele fez por ela naquele dia. Não era mulher de ficar com objectos dos outros, quanto mais ficar a dever a quem quer que seja, por isso arranjaria uma maneira qualquer de lhe retribuir.
Mesmo assim, o simples facto de ainda ter esperanças de o ver novamente, fez com que Sakura ficasse com uma outra energia. Usufruindo desta nova força, que lhe percorria o corpo como uma corrente eléctrica de cada vez que ela pensava no rapaz, soltou-se dos braços daquele ser que tantas vezes a fez sofrer, deu-lhe uma estalada com mais força do que imaginava ter, empurrando-o de seguida para cima da secretária, derrubando, assim, todo o seu conteúdo.
- Nunca … tu nunca mais me toques!! – gritou uma enraivecida Sakura. – Nunca mais!
Mal acabou de falar, limpou a boca com uma mão num gesto de repugnância e virou-lhe as costas, enquanto saía o mais depressa possível, ao mesmo tempo que tentava se recompor do incidente …

Que tal???
Espero que tenham gostado ...
O próximo capitulo deverá ser pa breve, por isso, não desesperem xD

Templates by Morgana 13 Luas


1 comentário:

Catia disse...

oi amiga*****
tudo bem?
o teu blog ta 5 *****
5 ***** nao
dava-t umas 10*********!!!!
parabens pelo blog eobigada plo comment

bjks e fika bm